La mer

L. 109, CD111 · “O mar”

La mer (O mar) é a obra orquestral mais executada de Claude Debussy e reconhecida como uma de suas maiores obras-primas. Mas sua estreia – em Paris, pouco depois da finalização da partitura, em 1905 – deixou público e imprensa perplexos. Parte da razão pode ter sido uma apresentação sem brilho: comparada à música orquestral anterior de Debussy, a linguagem de La mer é mais hábil e intrincada, portanto mais exigente de se tocar. A nova obra também era bem diferente das paisagens marítimas estilizadas da tradição romântica. Debussy amava o mar e suas águas em constante movimento, mas os “três esboços sinfônicos” (como ele os descreveu) que compõem La mer também falam do seu interesse no oceano retratado em pinturas, em especial as de Monet e Turner. O primeiro dos três movimentos, “De l’aube à midi sur la mer” (Do amanhecer ao meio-dia no mar), evolui de um início sombrio para uma sequência variada de climas e cores orquestrais que vão se transformando até chegar ao clímax – o esplendor do sol do meio-dia. “Jeux de vagues” (Jogo de ondas) lembra um “Scherzo” sinfônico em um ritmo acelerado. E o movimento final, “Dialogue du vent et de la mer” (Diálogo entre o vento e o mar), é o retrato de uma tempestade de ondas e ventos estridentes, com um interlúdio central de uma calmaria incômoda.

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